Somos seres e temos outros saberes

Congresso Mundial de Arquitetura

Vinicius Ribeiro Blog 969 views 3 min. de leitura
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Esse título foi uma das frases proferidas em uma das centenas de conferências realizadas na semana passada, no 27º Congresso Mundial de Arquitetos. Cerca de noventa mil profissionais da área de ambientes e cidades de 185 países, participaram de forma virtual e presencial. Arquitetos Urbanistas expressaram seus sentimentos, mostrando inúmeras contribuições para melhorar o território das cidades em que decidimos morar.

Contudo, nossa realidade é preocupante.

A sensibilidade de Sennett (2018) defendia antes mesmo da pandemia, que a maneira como se quer viver deveria ser expressa na maneira como as cidades são construídas.
Tal constatação é reconhecida quer seja por usuários de serviços públicos inconfiáveis, ou por moradores que exigem da cidade condições básicas de convivência, de integração e de qualidade de vida percebida.

Por sua vez, desafios básicos permanecem na agenda atual como: (I) a integração entre esferas de governo em diferentes escalas – convergência dos limites administrativos, naturais e funcionais; (II) a crescente imprecisão entre a realidade dos territórios e das autoridades de planejamento sobre determinado assunto; e (III) a falta de crença no planejamento urbano em vê-lo como uma ferramenta de implementação de sonhos e de esperança para o nosso futuro.

Vinte e oito desafios específicos apareceram na manifestação oficial do Congresso, divididos nas quatro linhas temáticas que nortearam a pauta, entre elas: diversidade e mistura, fragilidades e desigualdades, mudanças e emergências e, transitoriedade e fluxos.

Destacou-se ainda, a importância do espaço público como lugar de encontro e práticas de cidadania, o tratamento da mobilidade como elemento de equidade social e, também, como instrumento de integração e inclusão, e, na promoção de cidades saudáveis, criativas, sustentáveis e inteligentes.

Por fim, materializar ideias e viabilizar transformações, são fundamentais para legitimar, gerar confiança e envolvimento com a comunidade. Distintos “seres” e seus “saberes” juntos agregam valor à cidade, aceleram a realização das intenções e colaboram no esforço para unir indivíduos naturalmente diferentes que merecem oportunidades de serem felizes na cidade que optaram viver.

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